Aula presencial dia 6 de maio de 2018
Estimado professor, acredito que já tenha percebido que nosso SLIDE semanal traz uma abordagem DETALHADA de todos os pontos abordados na lição. É um resumo da lição fazendo uso de uma metodologia moderna de ensino, tornando-o mais eficiente e efetivo. Aplica-se ao conteúdo da lição, ilustrações com figuras relacionadas com cada tópico a ser ensinado. Faça bom uso ! Baixe o Slide no formato desejado, Tenha liberdade de cortar, alterar e adicionar conteúdo. Não deixe de Divulgar e Compartilhar nas Redes Sociais !
Texto Áureo
“Assim, pois, as igrejas em
toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria
tinham paz e eram edificadas; e se
multiplicavam, andando no
temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo”. (Atos 0.31)
Verdade Aplicada
O temor a Deus deve ser acompanhado da procura em
conhecer a Sua vontade
e da prática da mesma.
Motivo de Oração
Suplique a Deus pelos jovens que têm se convertido.
Hinos sugeridos.
397 - O Salvador Me Achou
432 - Consagrado ao Senhor
434 - A Teus Pés
Salmo 86.11
Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Salmo 128.1
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Eclesiastes 12.13
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
2 Corintos 7.1
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2 Pedro 2.17
Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
Segunda-feira - Deuteronômio 6.1-2
1 - Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir;
2 - Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
Terça-feira - Salmo 112
1 - Louvai ao
SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem
grande prazer.
Quarta-feira - Lucas 12.4-5
2 - A sua semente
será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada.
3 - Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre.
4 - Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.
5 - O homem bom se compadece, e empresta; disporá as suas coisas com juízo;
6 - Porque nunca será abalado; o justo estará em memória eterna.
7 - Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor.
8 - O seu coração está bem confirmado, ele não temerá, até que veja o seu desejo sobre os seus inimigos.
9 - Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.
10 - O ímpio o
verá, e se entristecerá; rangerá os dentes, e se consumirá; o desejo dos ímpios
perecerá.3 - Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre.
4 - Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.
5 - O homem bom se compadece, e empresta; disporá as suas coisas com juízo;
6 - Porque nunca será abalado; o justo estará em memória eterna.
7 - Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor.
8 - O seu coração está bem confirmado, ele não temerá, até que veja o seu desejo sobre os seus inimigos.
9 - Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.
Quarta-feira - Lucas 12.4-5
4 - E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.
5 - Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
5 - Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Quinta-feira - Filipenses 2.12
12 - De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
Sexta-feira - 1 Pedro 1.17
7 - Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;
Sabado - Apocalipse 14.6-7
6 - E vi outro anjo
voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
7 - Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
7 - Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
IMPORTANTE
Apresento neste BLOG o Esboço da Lição e os comentários como
professor de EBD em cima do PAE - PLANO DE AULA EXPOSITIVA
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ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. Temer a Deus: significados e valor.
2. Os diversos tipos de temor a Deus.
3. Temor a Deus e atitudes.
Conclusão
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes coerentes
Temor: Sentimento profundo de respeito e obediência.
Atitudes
coerentes.: Que
age com coerência, de acordo com a lógica ou com seus princípios ou suas
ideias, ou suas decisões e escolhas anteriores,por
exemplo : Em seu discurso,
foi coerente (com tudo que sempre defendeu).]
[F.: Do lat. cohaerens, entis.] http://www.aulete.com.br/coerente
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes coerentes
Temor: Sentimento profundo de respeito e obediência.
Atitudes
coerentes.: Que
age com coerência, de acordo com a lógica ou com seus princípios ou suas
ideias, ou suas decisões e escolhas anteriores,por
exemplo : Em seu discurso,
foi coerente (com tudo que sempre defendeu).]
[F.: Do lat. cohaerens, entis.] http://www.aulete.com.br/coerente
TEXTO ÁUREO
Assim, pois, as igrejas em
toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se
multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo". (Atos 9.31).
VERDADE APLICADA
O temor a Deus deve ser acompanhado da procura em conhecer a Sua vontade
e da prática da mesma.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Explicar a importância
de temer a Deus;
2 - Identificar os diversos tipos de
temor a Deus;
3 - Refletir sobre a
importância do temor a Deus ser seguido de atitudes coerentes.
TEXTO REFERÊNCIA
Salmo 86.11
Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Salmo 128.1
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Eclesiastes 12.13
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
2 Corintos 7.1
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2 Pedro 2.17
Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
INTRODUÇÃO
Num tempo de banalização do Evangelho e desrespeito, reflitamos à luz da
Palavra de Deus sobre este tema tão presente nas Escrituras, porém, muitas
vezes compreendido de forma distorcida e equivocada.
Na
interpretação do tema em estudo estaremos enfatizando que uma das distorções é
ser extremista com relação ao assunto,atualmente há um grupo que banalizam o
evangelho e não temem a Deus,todavia há um outro grupo que consideram Deus como
sendo cruel e impiedoso pronto a castigar e punir...
O
nosso comentarista nos deixa bem claro o verdadeiro significado do que
realmente é temer a Deus à luz das escrituras. Bom estudo!
1. Temer a Deus: significados e
valor.
O que significa temer a Deus? Como conciliar os textos bíblicos que
enfatizam a necessidade de a pessoa temer a Deus e o que está exposto em 1João
4.18: “a perfeita caridade lança fora o temor”? Porém, a Palavra de Deus não se
contradiz.
Professor
explique que o temor mencionado em 1Jo 4.18,não se refere ao temor a Deus ,mas
ao temor humano por algo que o cerca no cotidiano.
Ver
tópico 1.1 .
"A
paz lança fora o medo
Quase todas as pessoas que sentem medo querem identificá-lo, explorá-lo
e encontrar meios de livrar-se dele de uma vez por todas. Será realmente
possível abolir a ansiedade diária? Sim, é possível [...]
O apóstolo João nos ensina que o amor é a maneira correta de sermos
livres do temor que obstrui o caminho da fé. Ouçamos cuidadosamente o que ele
fala a este respeito: 'No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança
fora o medo ... aquele que teme não é aperfeiçoado no amor" (1 Jo 4.18 -
ARA). Portanto, fica evidente que a nossa fé, isto é, nossa confiança em Deus e
em suas realizações a nosso respeito, somente serão aperfeiçoadas a partir do
momento que aceitamos toda sua vontade. Então, Ele derramará do seu amor em
nossos corações, por meio do Espírito Santo que nos é dado. Assim, o medo, que
pode ser comparado a uma pequena sujeira em nossa mente, será impelido ou até
mesmo destruído pela ação poderosa do Espírito Santo em nossas vidas. A fé, que
é uma reação positiva da alma, agora tem livre curso para operar. Assim,
portanto, a melhor terapia para trazer libertação do medo é o amor".
(SILVA, S. P. Entrando no
campo da fé. RJ: CPAD, 2006, pp. 78,80.)
1.1. Os significados e diversos
sentidos da palavra temor.
Considerando a existência de diversos temas derivados, tanto a partir de
palavras no hebraico como no grego, encontrados na Palavra de Deus, é
importante estarmos atentos ao contexto no qual se encontram as palavras
traduzidas por “temor” ou “temer”. Alguns sentidos de expressões hebraicas,
como yãre ou môrã: “ter medo; ter grande temor; ter grande respeito por; medo”.
Exemplos do termo usado como “medo” (Gn 32.11; Dt 2.25; Jn 1.10). assim como
também há exemplos no Novo Testamento do uso da palavra “temor” no sentido de
“medo” (gr. deilia ou phobeo), “covardia ou timidez” (2Tm 1.7) ou “mostrar medo
reverente de homens” (Mc 6.20).
Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir
para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!(Mt 14:30)
Uma das expressões que mais tem
estado no vocabulário do brasileiro é “medo” (provocado por violência,
desemprego, doenças, incertezas, entre outros). Esse sentimento está presente
desde o nascimento. Porém, quando o medo é desproporcional, acompanhado de
sintomas físicos e passa a dominar a pessoa, torna-se fobia. Nos EUA,
especialistas catalogaram cerca de 500 tipos de medo. A Palavra de Deus
registra centenas de vezes Deus falando ao ser humano: “Não temas” (Êx 14.13;
Is 40.9; 41.10; Mc 5.36; At 18.9-10).(Revista do professor)
1.2. Temer a Deus.
Diferentemente de todo o restante da criação, o ser humano foi criado à
imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). O Criador o visitava, falava com ele
e ambos tinham amizade e comunhão (Gn 1.28; 2.8, 15, 18-20; 3.8). Contudo, a
primeira vez que aparece a expressão “temor; medo” na Bíblia é justamente como
resultado do pecado e conduz a um medroso retraimento diante de Deus:
“Ouvi...temi...escondi-me” (Gn 3.10). Quando se esta em comunhão com Deus, não
há medo. O temor que o discípulo de Cristo deve ter em relação a Deus não deve
afastá-lo dEle e nem o fazer viver em um constante estado de terror, mas servir
de motivação para que produza um viver de acordo com a vontade de Deus.
Temor a Deus.
A verdadeira comunhão frutifica, na
vida da igreja como um todo e na vida de cada crente em particular, um santo
temor a Deus. Lucas destaca: “Em cada alma havia temor” (At 2.43). E o temor a
Deus, como todos sabemos, é o princípio do saber (Pv 1.7).
Quando os crentes temem e amam a
Deus, a igreja mostra-se sabia não apenas diante do Senhor, mas também do
mundo. Ainda há temor a Deus em seu coração?(Lições CPAD Jovens e
Adultos » 2011 » 1º Trim)
“Quando Deus é o objeto de temor, a
ênfase novamente recai no respeito ou reverência. Essa atitude de reverência é
a base da verdadeira sabedoria” (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 9.10; 15.33).(revista
do professor)
1.3. A importância de enfatizar este
tema.
Vivemos dias desafiadores. A irreverência e o desrespeito têm sido
marcas do nosso tempo. Os extremos sempre são perigosos. Muitos dizem que
no passado as pessoas tinham “medo” de Deus, por causa dos ensinamentos que
receberam e a ênfase quanto ao juízo final e inferno. Contudo, hoje vemos
pessoas que tratam Deus como se fosse “um igual”, chamando-O de “cara legal” ou
o “lá de cima”. Não podemos confundir o silêncio, a misericórdia e a
longanimidade de Deus com igualdade com o homem (Sl 50.21).
É preciso lembrar que o discípulo de
Cristo é filho de Deus (Rm 8.15), amigo de Jesus (Jo 15.15 e irmão de Jesus (Hb
2.11), contudo, continua sendo criatura, ser humano e corruptível (1Co 15.53).
O próprio Senhor Jesus enfatizou aos Seus discípulos a necessidade de temer a
Deus, que “pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). Notar
que o registro feito por Lucas, menciona Jesus chamando Seus discípulos de
“amigos meus”, antes de alertar sobre o temer a Deus (Lc 12.4-5). Assim, o fato
de sermos amigos, discípulos, filhos e irmãos não nos libera para o
escárnio e zombaria com assuntos relacionados a Deus ou comportamentos
inadequados nos momentos de culto, como se estivéssemos num clube ou num parque
de diversões, etc. É preciso voltar a enfatizar o “temor a Deus” como um dos
aspectos bíblicos no relacionamento com Deus.(Revista do profesor).
Professor,a nossa escola dominical é um
local de aperfeiçoamento e crescimento espiritual,portanto utilize este tópico
para eliminar possíveis falhas com relação a atitudes ou expressões utilizadas
por alguns irmãos que não são compatíveis com a santidade de Deus,além dos
exemplos mencionados pelo comentarista neste tópico você poderá mencionar
outros que porventura atue em sua congregação.
2. Os diversos tipos de temor a Deus.
Encontramos na palavra de Deus diversos textos que registram pessoas
que, diante de uma manifestação sobrenatural, demonstraram temer a Deus (Êx
9.20; Jn 1.16; Dn 6.26). Contudo, não é suficiente apenas temer a Deus sem
considerar outros princípios bíblicos quanto ao nosso relacionamento com Ele.
O
temor a Deus é manifesto diversas vezes pelo próprio Diabo,todavia é um temor
que reconhece a soberania de Deus sem submeter-se a ela.Ex:
Certo dia os anjos vieram
apresentar-se ao Senhor, e Satanás também
veio com eles.(Jó 1:6)
E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do
Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.(Mc 5:6,7)
2.1. Temor interesseiro.
Após o Reino do Norte ser levado cativo pela Assíria, Salmaneser (Rei da
Assíria) levou muitos estrangeiros para “habitar nas cidades de Samaria, em
lugar dos filhos de Israel” (2Rs 17.6, 23-41). Porém eram pessoas que não
temiam ao Senhor e “mandou o Senhor entre eles leões, que mataram a alguns
deles”. Era comum a crença, entre os pagãos, em “deuses territoriais”. Assim,
aquele povo que passou a habitar em Samaria procurou conhecer “o costume”
religioso de adoração (2Rs 17.32-34). Ou seja, temiam a Deus quanto à adoração,
mas não O temiam para obedecer aos Seus estatutos e mandamentos.
Eles adoravam a Deus, porém, não
deixavam seus costumes pagãos. Só adoravam para abrandar Sua ira. É um tipo de
temor que não gera confiança (Sl 115.9-15). O texto diz: “Vós, os que temeis ao
Senhor, confiai no Senhor”. Há muitos que “temem” os castigos de Deus, o juízo
final, o inferno, o apocalipse, contudo querem continuar vivendo segundo o curso
deste mundo (Ef 2.2).(revista do professor)
Não ameis o mundo, nem o que no mundo
há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.(1 João 2:15)
2.2. Temor utilitário.
Aqueles estrangeiros estavam considerando o temor a Deus como um
“amuleto de sorte”. A sociedade brasileira tem sido caracterizada pelo
sincretismo religioso e pela superstição, assim como os estrangeiros de
Samaria. Quando o assunto é questões religiosas ou espirituais, o que vale é o
que dá resultado. Como se o pensamento fosse: “o importante é estar bem com
todas as forças espirituais”. Os atenienses chegaram ao ponto de erguer um
altar com a inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO (At 17.22-23). Como muitos hoje,
tinham um conhecimento com respeito à adoração bastante limitado e distorcido.
Os servos de Faraó que “temiam” a
palavra do Senhor agiram tendo em mente preservar os bens (Êx 9.20). Quando
Israel finalmente saiu do Egito, “subiu também com eles uma mistura de gente”
(Êx 12.38). Muitos devem ter aproveitado para fugir da escravidão ou atraídos
pela superioridade do Deus de Israel em relação às divindades egípcias, porém
nem todos se converteram ao Deus de Israel (Nm 11.4).(Revista do professor)
2.3. Temor como princípio do saber.
Aprendemos com a Palavra de Deus que não basta sentir medo, respeitar,
reconhecer o poder do Senhor e a Sua grandeza. O “temor do Senhor” é o
princípio, o começo da sabedoria é o conhecimento (Sl 111.10; Pv 1.7). Não a
sabedoria humana e terrena, mas a sabedoria suprema, que é temer e reverenciar
a Deus de maneira apropriada (Jó 28.28; Pv 8.13). É o temor que conduz à
obediência ao Senhor, a um viver piedoso e correto (Jr 32.40), e que conduz a
desviar-se do mal (Pv 16.6). É um temor que produz na pessoa o desejo humilde
em aprender mais do Senhor (Pv 15.33).
Tiago também fala sobre o grande abismo que existe entre a sabedoria
terrena e a sabedoria celestial. A sabedoria terrena pode ser ilustrada pelo
utilitarismo: “O importante é levar vantagem”. Vivemos em uma cultura de
exploração, de egolatria, de ganância desenfreada. Os homens perversos e maus
mentem, exploram, usurpam, corrompem, roubam e matam para acumular vantagens e
tesouros. Usam o conhecimento, influência e poder apenas para prevalecer sobre
os demais e não para ajudá-los. Buscam os próprios interesses e não o interesse
dos outros. Vivem olhando para o próprio umbigo, embriagados pela soberba,
aplaudindo a si mesmos, enquanto naufragam no mar de vaidades. E diferente a
sabedoria celestial. Ela é altruísta e cheia de amor. Ela busca a glória de Deus
e o bem do próximo, mais do que o enaltecimento de si mesmo.
Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica,
moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e
sem hipocrisia.(Tg 3:17)
3. Temor a Deus e atitudes.
É relevante refletir sobre a importância do temor a Deus ser seguido de
atitudes coerentes, como encontramos em diversos textos bíblicos, quando o
temor a Deus é associado a ações segundo a vontade de Deus, isto é, que agradam
a Deus. É o que constataremos neste último tópico.
3.1. Um temor que move à ação.
O patriarca Abraão, quando ia oferecer seu filho Isaque em
holocausto por mandado do Senhor, antes de imolá-lo, ouviu Deus lhe falar:
“agora sei que temes a Deus” (Gn 22.12). As parteiras no Egito, movidas pelo
temor a Deus (Êx 1.17, 20-21), não fizeram conforme a ordem de Faraó e
“conservaram os meninos com vida”. O sogro de Moisés, ao lhe sugerir que
buscasse homens para ajudá-lo na tarefa de atender ao povo, lhe diz que deviam
ser homens não apenas capazes, mas “tementes a Deus” (Êx 18.21), pois, assim,
aborreciam a avareza.
O Senhor Deus diz que os mandamentos
e os estatutos que ordenou deveriam ser ensinados, visando o temor a Deus e a
obediência (Dt 6.1-2). Não apenas conhecer e temer, mas conduzir à obediência.
O salmista convoca aqueles que temem a Deus para ouvir o que ele tem a dizer
sobre os feitos do Senhor (Sl 66.16). Quem teme a Deus ouve e se interessa
pelos relatos do que o Senhor tem feito.(revista do professor)
E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.(Atos 2:43)
3.2. Um temor que conduz a um
relacionamento.
Não se trata do temor que nos faz se esconder de Deus como Adão e nem
aquele demonstrado pelos estrangeiros em Samaria (interesseiro e utilitário),
mas o temor que norteia nossa vida nas questões espirituais e morais. Não o
medo aterrorizante e paralisador, mas que nos move a um relacionamento saudável
com Deus (Rm 8.5), influenciando nossas atitudes e conduzindo-nos à plena
confiança em Deus (Sl 115.11). Justamente por termos um relacionamento com Deus
como Nosso Pai, devemos temê-Lo (1Pe 1.17), durante o tempo da nossa caminhada
nesta terra como discípulos de Cristo.
O fato de sermos filhos de Deus não significa que não devamos
reverenciá-Lo e respeitá-Lo. Como se expressou o famoso escritor C.S. Lewis:
“Em Deus você está diante de algo que é, em todos os aspectos,
incomensuravelmente superior a si mesmo”.(Revista do professor)
E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo
a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,(1
Pedro 1:17)
3.3. Cornélio, homem temente a Deus.
Acredita-se que Cornélio, o oficial romano, tinha algum conhecimento das
Escrituras, conhecia o Deus de Israel e, assim, orava, jejuava, fazia esmolas,
tinha bom testemunho dos judeus e era “temente a Deus” (At 10.1-2, 22). O
próprio apóstolo Pedro disse que Deus se agrada daquele que, em qualquer nação,
O teme (At 10.35). Ele temia, contudo ainda não era salvo (At 11.14). No
entanto, Cornélio demonstrou a sinceridade de seu temor a Deus ao se submeter á
Palavra de Deus anunciada por Pedro (At 10.33). Temor que resultou em ação,
pois proporcionou oportunidade para crer em Jesus Cristo.
Vejamos exemplos de resultados de
temor após a experiência do novo nascimento: 1) 2 Coríntios 7.1 – contribui no
processo de aperfeiçoamento da santificação. Uma convocação para que abandonem
todo envolvimento com o que pode impedir nosso desenvolvimento na santificação;
2) Filipenses 2.12 – nos faz lembrar da bem-aventurança do homem que é
constante no temor de Deus (Pv 28.14). Trata-se de uma exortação contra o
modismo, o desleixo e o relaxamento com a vida cristã. Não se trata de ensinar
que a salvação depende das obras da pessoa, mas, sim, que ela se expressa no
crescimento e aperfeiçoamento do discípulo de Cristo. Assim comentou Russel
Shedd: “O indivíduo que tem nome de cristão, mas é convencido, autoconfiante,
sem atitude de respeito e reverência, tendo fé na graça barata, e nas obras
inúteis feitas com vistas à recompensa, poderá ser uma das pessoas que se
desapontarão quando bater à porta do céu, implorando que deixem entrar (Mt
7.23)”.
Seria
interessante também explicar que de um lado os fariseus cristãos apoiavam a
visão dos judaizantes; do outro, Paulo e Barnabé enfatizavam que os gentios
foram aceitos por Deus como gentios,Cornelio e sua familia é um exemplo.
Para
os gentios serem salvos, era necessário se tornar um judeu? Atualmente, é
necessário alguma outra coisa, fora de confessar a Cristo, para ser salvo?
Cuidado
com o cristianismo judaizante que ultimamente tem estado em evidencia. ( ver At
15)
CONCLUSÃO
Precisamos, com urgência, reafirmar a doutrina do temor a Deus, pois
como vimos, faz a diferença no viver do discípulo de Cristo em sua jornada na
terra. Conforme o exposto na Bíblia, o temor a Deus conduz a relacionamento,
comprometimento e obediência a Deus (Sl 128.1).
TEXTO ÁUREO
Assim, pois, as igrejas em
toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se
multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo". (Atos 9.31).
VERDADE APLICADA
O temor a Deus deve ser acompanhado da procura em conhecer a Sua vontade
e da prática da mesma.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Explicar a importância
de temer a Deus;
2 - Identificar os diversos tipos de
temor a Deus;
TEXTO REFERÊNCIA
Salmo 86.11
Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Salmo 128.1
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Eclesiastes 12.13
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
2 Corintos 7.1
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2 Pedro 2.17
Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
INTRODUÇÃO
Num tempo de banalização do Evangelho e desrespeito, reflitamos à luz da
Palavra de Deus sobre este tema tão presente nas Escrituras, porém, muitas
vezes compreendido de forma distorcida e equivocada.
Na
interpretação do tema em estudo estaremos enfatizando que uma das distorções é
ser extremista com relação ao assunto,atualmente há um grupo que banalizam o
evangelho e não temem a Deus,todavia há um outro grupo que consideram Deus como
sendo cruel e impiedoso pronto a castigar e punir...
O
nosso comentarista nos deixa bem claro o verdadeiro significado do que
realmente é temer a Deus à luz das escrituras. Bom estudo!
1. Temer a Deus: significados e
valor.
O que significa temer a Deus? Como conciliar os textos bíblicos que
enfatizam a necessidade de a pessoa temer a Deus e o que está exposto em 1João
4.18: “a perfeita caridade lança fora o temor”? Porém, a Palavra de Deus não se
contradiz.
Professor
explique que o temor mencionado em 1Jo 4.18,não se refere ao temor a Deus ,mas
ao temor humano por algo que o cerca no cotidiano.
Ver
tópico 1.1 .
"A
paz lança fora o medo
Quase todas as pessoas que sentem medo querem identificá-lo, explorá-lo
e encontrar meios de livrar-se dele de uma vez por todas. Será realmente
possível abolir a ansiedade diária? Sim, é possível [...]
O apóstolo João nos ensina que o amor é a maneira correta de sermos
livres do temor que obstrui o caminho da fé. Ouçamos cuidadosamente o que ele
fala a este respeito: 'No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança
fora o medo ... aquele que teme não é aperfeiçoado no amor" (1 Jo 4.18 -
ARA). Portanto, fica evidente que a nossa fé, isto é, nossa confiança em Deus e
em suas realizações a nosso respeito, somente serão aperfeiçoadas a partir do
momento que aceitamos toda sua vontade. Então, Ele derramará do seu amor em
nossos corações, por meio do Espírito Santo que nos é dado. Assim, o medo, que
pode ser comparado a uma pequena sujeira em nossa mente, será impelido ou até
mesmo destruído pela ação poderosa do Espírito Santo em nossas vidas. A fé, que
é uma reação positiva da alma, agora tem livre curso para operar. Assim,
portanto, a melhor terapia para trazer libertação do medo é o amor".
(SILVA, S. P. Entrando no
campo da fé. RJ: CPAD, 2006, pp. 78,80.)
1.1. Os significados e diversos
sentidos da palavra temor.
Considerando a existência de diversos temas derivados, tanto a partir de
palavras no hebraico como no grego, encontrados na Palavra de Deus, é
importante estarmos atentos ao contexto no qual se encontram as palavras
traduzidas por “temor” ou “temer”. Alguns sentidos de expressões hebraicas,
como yãre ou môrã: “ter medo; ter grande temor; ter grande respeito por; medo”.
Exemplos do termo usado como “medo” (Gn 32.11; Dt 2.25; Jn 1.10). assim como
também há exemplos no Novo Testamento do uso da palavra “temor” no sentido de
“medo” (gr. deilia ou phobeo), “covardia ou timidez” (2Tm 1.7) ou “mostrar medo
reverente de homens” (Mc 6.20).
Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir
para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!(Mt 14:30)
Uma das expressões que mais tem
estado no vocabulário do brasileiro é “medo” (provocado por violência,
desemprego, doenças, incertezas, entre outros). Esse sentimento está presente
desde o nascimento. Porém, quando o medo é desproporcional, acompanhado de
sintomas físicos e passa a dominar a pessoa, torna-se fobia. Nos EUA,
especialistas catalogaram cerca de 500 tipos de medo. A Palavra de Deus
registra centenas de vezes Deus falando ao ser humano: “Não temas” (Êx 14.13;
Is 40.9; 41.10; Mc 5.36; At 18.9-10).(Revista do professor)
1.2. Temer a Deus.
Diferentemente de todo o restante da criação, o ser humano foi criado à
imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). O Criador o visitava, falava com ele
e ambos tinham amizade e comunhão (Gn 1.28; 2.8, 15, 18-20; 3.8). Contudo, a
primeira vez que aparece a expressão “temor; medo” na Bíblia é justamente como
resultado do pecado e conduz a um medroso retraimento diante de Deus:
“Ouvi...temi...escondi-me” (Gn 3.10). Quando se esta em comunhão com Deus, não
há medo. O temor que o discípulo de Cristo deve ter em relação a Deus não deve
afastá-lo dEle e nem o fazer viver em um constante estado de terror, mas servir
de motivação para que produza um viver de acordo com a vontade de Deus.
“Quando Deus é o objeto de temor, a
ênfase novamente recai no respeito ou reverência. Essa atitude de reverência é
a base da verdadeira sabedoria” (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 9.10; 15.33).(revista
do professor)
Temor a Deus.
A verdadeira comunhão frutifica, na
vida da igreja como um todo e na vida de cada crente em particular, um santo
temor a Deus. Lucas destaca: “Em cada alma havia temor” (At 2.43). E o temor a
Deus, como todos sabemos, é o princípio do saber (Pv 1.7).
Quando os crentes temem e amam a
Deus, a igreja mostra-se sabia não apenas diante do Senhor, mas também do
mundo. Ainda há temor a Deus em seu coração?(Lições CPAD Jovens e
Adultos » 2011 » 1º Trim)
1.3. A importância de enfatizar este
tema.
Vivemos dias desafiadores. A irreverência e o desrespeito têm sido
marcas do nosso tempo. Os extremos sempre são perigosos. Muitos dizem que
no passado as pessoas tinham “medo” de Deus, por causa dos ensinamentos que
receberam e a ênfase quanto ao juízo final e inferno. Contudo, hoje vemos
pessoas que tratam Deus como se fosse “um igual”, chamando-O de “cara legal” ou
o “lá de cima”. Não podemos confundir o silêncio, a misericórdia e a
longanimidade de Deus com igualdade com o homem (Sl 50.21).
É preciso lembrar que o discípulo de
Cristo é filho de Deus (Rm 8.15), amigo de Jesus (Jo 15.15 e irmão de Jesus (Hb
2.11), contudo, continua sendo criatura, ser humano e corruptível (1Co 15.53).
O próprio Senhor Jesus enfatizou aos Seus discípulos a necessidade de temer a
Deus, que “pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). Notar
que o registro feito por Lucas, menciona Jesus chamando Seus discípulos de
“amigos meus”, antes de alertar sobre o temer a Deus (Lc 12.4-5). Assim, o fato
de sermos amigos, discípulos, filhos e irmãos não nos libera para o
escárnio e zombaria com assuntos relacionados a Deus ou comportamentos
inadequados nos momentos de culto, como se estivéssemos num clube ou num parque
de diversões, etc. É preciso voltar a enfatizar o “temor a Deus” como um dos
aspectos bíblicos no relacionamento com Deus.(Revista do profesor).
Professor,a nossa escola dominical é um
local de aperfeiçoamento e crescimento espiritual,portanto utilize este tópico
para eliminar possíveis falhas com relação a atitudes ou expressões utilizadas
por alguns irmãos que não são compatíveis com a santidade de Deus,além dos
exemplos mencionados pelo comentarista neste tópico você poderá mencionar
outros que porventura atue em sua congregação.
2. Os diversos tipos de temor a Deus.
Encontramos na palavra de Deus diversos textos que registram pessoas
que, diante de uma manifestação sobrenatural, demonstraram temer a Deus (Êx
9.20; Jn 1.16; Dn 6.26). Contudo, não é suficiente apenas temer a Deus sem
considerar outros princípios bíblicos quanto ao nosso relacionamento com Ele.
O temor a Deus é manifesto diversas vezes pelo próprio Diabo,todavia é um temor que reconhece a soberania de Deus sem submeter-se a ela.Ex:
O temor a Deus é manifesto diversas vezes pelo próprio Diabo,todavia é um temor que reconhece a soberania de Deus sem submeter-se a ela.Ex:
Certo dia os anjos vieram
apresentar-se ao Senhor, e Satanás também
veio com eles.(Jó 1:6)
E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do
Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.(Mc 5:6,7)
2.1. Temor interesseiro.
Após o Reino do Norte ser levado cativo pela Assíria, Salmaneser (Rei da
Assíria) levou muitos estrangeiros para “habitar nas cidades de Samaria, em
lugar dos filhos de Israel” (2Rs 17.6, 23-41). Porém eram pessoas que não
temiam ao Senhor e “mandou o Senhor entre eles leões, que mataram a alguns
deles”. Era comum a crença, entre os pagãos, em “deuses territoriais”. Assim,
aquele povo que passou a habitar em Samaria procurou conhecer “o costume”
religioso de adoração (2Rs 17.32-34). Ou seja, temiam a Deus quanto à adoração,
mas não O temiam para obedecer aos Seus estatutos e mandamentos.
Eles adoravam a Deus, porém, não
deixavam seus costumes pagãos. Só adoravam para abrandar Sua ira. É um tipo de
temor que não gera confiança (Sl 115.9-15). O texto diz: “Vós, os que temeis ao
Senhor, confiai no Senhor”. Há muitos que “temem” os castigos de Deus, o juízo
final, o inferno, o apocalipse, contudo querem continuar vivendo segundo o curso
deste mundo (Ef 2.2).(revista do professor)
Não ameis o mundo, nem o que no mundo
há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.(1 João 2:15)
2.2. Temor utilitário.
Aqueles estrangeiros estavam considerando o temor a Deus como um
“amuleto de sorte”. A sociedade brasileira tem sido caracterizada pelo
sincretismo religioso e pela superstição, assim como os estrangeiros de
Samaria. Quando o assunto é questões religiosas ou espirituais, o que vale é o
que dá resultado. Como se o pensamento fosse: “o importante é estar bem com
todas as forças espirituais”. Os atenienses chegaram ao ponto de erguer um
altar com a inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO (At 17.22-23). Como muitos hoje,
tinham um conhecimento com respeito à adoração bastante limitado e distorcido.
Os servos de Faraó que “temiam” a palavra do Senhor agiram tendo em mente preservar os bens (Êx 9.20). Quando Israel finalmente saiu do Egito, “subiu também com eles uma mistura de gente” (Êx 12.38). Muitos devem ter aproveitado para fugir da escravidão ou atraídos pela superioridade do Deus de Israel em relação às divindades egípcias, porém nem todos se converteram ao Deus de Israel (Nm 11.4).(Revista do professor)
Os servos de Faraó que “temiam” a palavra do Senhor agiram tendo em mente preservar os bens (Êx 9.20). Quando Israel finalmente saiu do Egito, “subiu também com eles uma mistura de gente” (Êx 12.38). Muitos devem ter aproveitado para fugir da escravidão ou atraídos pela superioridade do Deus de Israel em relação às divindades egípcias, porém nem todos se converteram ao Deus de Israel (Nm 11.4).(Revista do professor)
2.3. Temor como princípio do saber.
Aprendemos com a Palavra de Deus que não basta sentir medo, respeitar,
reconhecer o poder do Senhor e a Sua grandeza. O “temor do Senhor” é o
princípio, o começo da sabedoria é o conhecimento (Sl 111.10; Pv 1.7). Não a
sabedoria humana e terrena, mas a sabedoria suprema, que é temer e reverenciar
a Deus de maneira apropriada (Jó 28.28; Pv 8.13). É o temor que conduz à
obediência ao Senhor, a um viver piedoso e correto (Jr 32.40), e que conduz a
desviar-se do mal (Pv 16.6). É um temor que produz na pessoa o desejo humilde
em aprender mais do Senhor (Pv 15.33).
Tiago também fala sobre o grande abismo que existe entre a sabedoria
terrena e a sabedoria celestial. A sabedoria terrena pode ser ilustrada pelo
utilitarismo: “O importante é levar vantagem”. Vivemos em uma cultura de
exploração, de egolatria, de ganância desenfreada. Os homens perversos e maus
mentem, exploram, usurpam, corrompem, roubam e matam para acumular vantagens e
tesouros. Usam o conhecimento, influência e poder apenas para prevalecer sobre
os demais e não para ajudá-los. Buscam os próprios interesses e não o interesse
dos outros. Vivem olhando para o próprio umbigo, embriagados pela soberba,
aplaudindo a si mesmos, enquanto naufragam no mar de vaidades. E diferente a
sabedoria celestial. Ela é altruísta e cheia de amor. Ela busca a glória de Deus
e o bem do próximo, mais do que o enaltecimento de si mesmo.
Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica,
moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e
sem hipocrisia.(Tg 3:17)
3. Temor a Deus e atitudes.
É relevante refletir sobre a importância do temor a Deus ser seguido de
atitudes coerentes, como encontramos em diversos textos bíblicos, quando o
temor a Deus é associado a ações segundo a vontade de Deus, isto é, que agradam
a Deus. É o que constataremos neste último tópico.
3.1. Um temor que move à ação.
O patriarca Abraão, quando ia oferecer seu filho Isaque em
holocausto por mandado do Senhor, antes de imolá-lo, ouviu Deus lhe falar:
“agora sei que temes a Deus” (Gn 22.12). As parteiras no Egito, movidas pelo
temor a Deus (Êx 1.17, 20-21), não fizeram conforme a ordem de Faraó e
“conservaram os meninos com vida”. O sogro de Moisés, ao lhe sugerir que
buscasse homens para ajudá-lo na tarefa de atender ao povo, lhe diz que deviam
ser homens não apenas capazes, mas “tementes a Deus” (Êx 18.21), pois, assim,
aborreciam a avareza.
O Senhor Deus diz que os mandamentos
e os estatutos que ordenou deveriam ser ensinados, visando o temor a Deus e a
obediência (Dt 6.1-2). Não apenas conhecer e temer, mas conduzir à obediência.
O salmista convoca aqueles que temem a Deus para ouvir o que ele tem a dizer
sobre os feitos do Senhor (Sl 66.16). Quem teme a Deus ouve e se interessa
pelos relatos do que o Senhor tem feito.(revista do professor)
E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.(Atos 2:43)
3.2. Um temor que conduz a um
relacionamento.
Não se trata do temor que nos faz se esconder de Deus como Adão e nem
aquele demonstrado pelos estrangeiros em Samaria (interesseiro e utilitário),
mas o temor que norteia nossa vida nas questões espirituais e morais. Não o
medo aterrorizante e paralisador, mas que nos move a um relacionamento saudável
com Deus (Rm 8.5), influenciando nossas atitudes e conduzindo-nos à plena
confiança em Deus (Sl 115.11). Justamente por termos um relacionamento com Deus
como Nosso Pai, devemos temê-Lo (1Pe 1.17), durante o tempo da nossa caminhada
nesta terra como discípulos de Cristo.
O fato de sermos filhos de Deus não significa que não devamos
reverenciá-Lo e respeitá-Lo. Como se expressou o famoso escritor C.S. Lewis:
“Em Deus você está diante de algo que é, em todos os aspectos,
incomensuravelmente superior a si mesmo”.(Revista do professor)
E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo
a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,(1
Pedro 1:17)
3.3. Cornélio, homem temente a Deus.
Acredita-se que Cornélio, o oficial romano, tinha algum conhecimento das
Escrituras, conhecia o Deus de Israel e, assim, orava, jejuava, fazia esmolas,
tinha bom testemunho dos judeus e era “temente a Deus” (At 10.1-2, 22). O
próprio apóstolo Pedro disse que Deus se agrada daquele que, em qualquer nação,
O teme (At 10.35). Ele temia, contudo ainda não era salvo (At 11.14). No
entanto, Cornélio demonstrou a sinceridade de seu temor a Deus ao se submeter á
Palavra de Deus anunciada por Pedro (At 10.33). Temor que resultou em ação,
pois proporcionou oportunidade para crer em Jesus Cristo.
Vejamos exemplos de resultados de
temor após a experiência do novo nascimento: 1) 2 Coríntios 7.1 – contribui no
processo de aperfeiçoamento da santificação. Uma convocação para que abandonem
todo envolvimento com o que pode impedir nosso desenvolvimento na santificação;
2) Filipenses 2.12 – nos faz lembrar da bem-aventurança do homem que é
constante no temor de Deus (Pv 28.14). Trata-se de uma exortação contra o
modismo, o desleixo e o relaxamento com a vida cristã. Não se trata de ensinar
que a salvação depende das obras da pessoa, mas, sim, que ela se expressa no
crescimento e aperfeiçoamento do discípulo de Cristo. Assim comentou Russel
Shedd: “O indivíduo que tem nome de cristão, mas é convencido, autoconfiante,
sem atitude de respeito e reverência, tendo fé na graça barata, e nas obras
inúteis feitas com vistas à recompensa, poderá ser uma das pessoas que se
desapontarão quando bater à porta do céu, implorando que deixem entrar (Mt
7.23)”.
Seria
interessante também explicar que de um lado os fariseus cristãos apoiavam a
visão dos judaizantes; do outro, Paulo e Barnabé enfatizavam que os gentios
foram aceitos por Deus como gentios,Cornelio e sua familia é um exemplo.
Para
os gentios serem salvos, era necessário se tornar um judeu? Atualmente, é
necessário alguma outra coisa, fora de confessar a Cristo, para ser salvo?
Cuidado
com o cristianismo judaizante que ultimamente tem estado em evidencia. ( ver At
15)
CONCLUSÃO
Precisamos, com urgência, reafirmar a doutrina do temor a Deus, pois
como vimos, faz a diferença no viver do discípulo de Cristo em sua jornada na
terra. Conforme o exposto na Bíblia, o temor a Deus conduz a relacionamento,
comprometimento e obediência a Deus (Sl 128.1).
Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
1. Qual texto bíblico registra pela primeira vez a expressão “temor;
medo”?
R: Gênesis 3.10.
2. O que os habitantes de Samaria procuraram conhecer?
R: O costume religioso de adoração (2Rs 17.32-34).
3. O que estava escrito no altar erguido pelos atenienses?
R: AO DEUS DESCONHECIDO (At 17.22-23).
4. O que as parteiras no Egito, movidas pelo temor a Deus, fizeram?
R: Conservaram os meninos com vida (Êx 1.17, 20-21).
5. O que o temor de Cornélio lhe proporcionou?
R: Oportunidade para crer em Jesus Cristo (At 10.33).
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